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Educadores aliam alfabetização infantil e reciclagem de produtos descartáveis


Professoras usam tampinhas de garrafa e imagens para ajudar na alfabetização.

Atualmente a educação brasileira enfrenta alguns desafios no processo de alfabetização das crianças que estão na idade adequada. Segundo o Ministério da Educação (MEC), existe uma defasagem na formação dos professores, na adoção de propostas pedagógicas para os alunos e falta de material didático. No entanto, existem educadores e instituições que encontram maneiras criativas e até ecologicamente corretas para o progresso da alfabetização infantil.


É o que acontece no último ano da Educação Infantil é quando a equipe pedagógica da Irmandade Evangélica Betânia (IEB) começa o processo de alfabetização dos seus alunos. As educadoras da Escola Aldeia Betânia (EAB) deram início a uma nova metodologia que engloba reciclagem de materiais e aprendizado das sílabas que compõem as palavras.


Alfabetização e reciclagem

Cada tampinha, uma sílaba!

A atividade funciona da seguinte forma: as professoras colam sílabas em tampas de garrafas pets e dispõem na mesa à vista dos alunos, em seguida dão imagens para eles (imagens como banana, mala, foca), que precisam encontrar as sílabas que correspondem à palavra da respectiva imagem que foi passada.


A professora Liliane Trindade, é uma das educadoras que responsáveis por aplicar a atividade. Ela conta que para a criança o método é divertido e promove a interação entre os estudantes. “O que fizemos primeiro foi incentivar os alunos a trazerem de suas casas tampinhas de garrafas pets. Dessa maneira, nós já dávamos um outro uso para as tampas ao invés de serem descartadas. As crianças adoraram colaborar e quando elas entenderam a proposta da atividade elas se empenharam ainda mais”, conta Liliane.


A coordenadora da Educação Infantil, Daiane Cunha explica que trabalhar com as crianças a associação de imagens e palavras é uma ferramenta relevante no processo de alfabetização dos pequenos. “É importante para a criança o visual e o concreto para que ela registre em palavras”, afirma.



Ampliando os métodos de alfabetização

Mas a alfabetização não é trabalhada apenas no último ano da Educação Infantil, a equipe pedagógica da EAB desde cedo busca despertar nos estudantes o desejo pela leitura e pelas palavras. A turma Tulipa (que corresponde às crianças da faixa etária de 2 a 3 anos) inaugurou dentro de sala de aula uma pequena biblioteca cheia de livros de histórias infantis, gibis e revistas. “A novidade tem o objetivo de mostrar para os alunos os diversos tipos de bibliotecas e já as familiarizar com os livros. Para as crianças, é um importante incentivo”, explica a professora Amanda Fragoso.


As novas abordagens pedagógicas não são aplicadas apenas na Escola Aldeia Betânia, no Centro de Educação e Inclusão Social Betânia (CEISB), a equipe de professores também está trabalhando em metodologias que agregam conhecimento para as crianças e desenvolvam nelas o conhecimento das palavras e da leitura. A coordenadora do CEISB, Alessandra Ilzehele explica que na Unidade são feitos diversos trabalhos que buscam despertar o interesse das crianças nas palavras e imagens. “Acredito que nossa metodologia que foca no aprender brincando tenha muito efeito. Sempre aplicamos algum conteúdo partimos sempre do concreto para facilitar a compreensão das crianças”, afirma.

Neste semestre, a equipe pedagógica do CEISB deu início às aulas com um novo tema, que é "O Mundo Mágico". Essa proposta busca, por meio da brincadeira, oferecer às crianças lições e experiências que possam incentivá-las nos primeiros passos da leitura.


Enquanto a equipe pedagógica busca inovar nos métodos de alfabetização utilizando-se da reciclagem, a coordenadora do departamento de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), Mara Lau comemora o que ela chama de mudança de cultura não apenas nas crianças, mas também nas professoras que propõe atividades pensando no meio ambiente. “Associar a alfabetização à reutilização de tampinhas de plástico que poluiriam o meio ambiente é uma atitude de desenvolvimento sustentável que não foi aprendida por gerações anteriores! Que seja um exemplo inspirador para outras ações”, comemora.


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